Descubra a Idade Certa: Quando o seu Filho Pode Começar a Treinar Capoeira?
Já se perguntou: qual a idade ideal para o seu filho treinar capoeira? A resposta pode o surpreender!
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Na parte I e II foi possível entendermos o que são os Mitos e os Ritos da capoeira. Se os Mitos são as narrativas que nos são transmitidas, são as ideias que permeiam a respeito de algo e o Rito é a organização das mesmas de forma a termos uma ¨lista¨ de itens necessários, o Ritual nada mais é que o procedimento que devem ser seguidos em um ato. Complicado? Nada… Vamos analisar a nossa roda de capoeira. Nós sabemos pelos MITOS que a capoeira acontece com a participação de várias pessoas, com música e com instrumentos. A nossa estrutura de RITO define que as pessoas vão estar em roda, que os instrumentos serão por exemplo, 3 berimbaus, 2 pandeiros, 1 atabaque, 1 agogô e as palmas das pessoas da roda. E sabemos que a música se iniciará com uma ladainha, louvação, chula, corrido. Nosso rito também define que 2 pessoas jogarão por vez, sendo que podem ser substituídas através da ¨compra¨ do jogo. Pois bem, o RITUAL nada mais do que a realização dessa roda, seguindo tais ritos. Obviamente existirão um número sem fim de rituais, uma vez que os ritos de cada grupo ou escola de capoeira mudam. Entretanto, a estrutura central sempre será a mesma (participantes em roda, música, jogo, instrumentos). Sabe por quê? Porque apesar de os RITOS serem diferentes, os MITOS que permeiam o imaginário dos capoeiristas são os mesmos E assim o nosso Ritual acontece…
Uma vez que na publicação anterior entendemos que os mitos são as narrativas, as ideias que nos são transmitidas através de gerações (ancestralidade), vamos começar a entender a manifestação física dos mesmos. Uma vez que conhecemos os mitos, nós os organizamos. Separamos aqueles que queremos seguir e os ordenamos. Normalmente ordenamos numa sucessão de palavras e atos, nunca esquecendo que podem ser utilizados artefatos, instrumentos, etc. Complicado? Onde se aplica na capoeira? Para contextualizar vamos pensar na Capoeira. Ou melhor, numa roda de Capoeira. Nós sabemos pelos mitos que em algum momento a capoeira começou a ser praticada com música, em algum momento foram incorporados instrumentos musicais à sua prática. Pois bem, nesse exemplo o rito nada mais é do que a organização desses instrumentos musicais e da cantoria. Exemplo: Roda de Capoeira Mito: a capoeira é praticada com música (instrumentos e cantoria); Rito: Instrumentos Musicais: três berimbaus com afinações diferentes (um grave, um médio e um agudo), dois pandeiros de couro, um atabaque com afinação em cunha e um agogô de castanha; Cantoria: começa pela ladainha ou quadra, passa à louvação ou chula e vai para o corrido. Podemos até pensar no rito como um checklist de coisas a serem preparadas e observadas. No dia a dia como diferenciar o mito do rito? Pra ficar fácil de entender: o Mito é aquela história de dormir que você escuta às vezes de seu pai, às vezes de sua mãe, até de sua avó. É a mesma história, mas cada vez que é contada alguns detalhes mudam; O Rito é a mesma história, entretanto escrita num livro. Ordenada da maneira correta, com seus personagens certos e que mesmo que sejam outras pessoas a ler, sempre será a mesma história, com os mesmo detalhes. Gostava de conhecer melhor o nosso trabalho? Venha treinar capoeira connosco no Pavilhão Municipal de Albufeira, entre em contacto e siga-nos no Instagram ⠀⠀
O que são mitos? Mitos são narrativas compartilhadas que ajudam a sustentar a crença de um povo ou cultura. É através do mito que damos sentido à nossa realidade e a tornamos reconhecível. Também é interessante perceber que muitas vezes nossas atitudes perante o presente, passado e futuro, são moldadas através dos diferentes mitos que acreditamos. Os mitos no contexto da capoeira, como entender? A capoeira foi e é construída e reconstruída em cima de diversos mitos. A origem da capoeira nos dias atuais ainda é uma incógnita. Faltam evidências para podermos definir como tudo aconteceu. Logo, explicamos sua origem por diferentes mitos: o mito da capoeira indígena; o mito da capoeira africana; o mito da capoeira afro brasileira; o mito da capoeira miscigenada; o mito do capoeira de corpo fechado; o mito do mandingueiro… claro que dentre estes mitos haverá pequenas partes de evidências da verdade de cada um. Entretanto, ainda são narrativas compartilhadas, muitas vezes incompletas e possivelmente exageradas. E como nos bons mitos, se levantam figuras heróicas e lendárias como Zumbi e Besouro Mangangá. Esses mitos permeiam a comunidade e imaginário da capoeira e muitas vezes não sabemos onde acaba o mito e começa a verdade, ou vice versa. Os mitos no nosso dia a dia Um exemplo pra ajudar a percepção: Sabe aquela história de dormir que você conta pro seu filho? Só de cabeça? A mesma história que sua mãe contava pra você e sua avó contava pra ela? É a mesma história, mas cada vez que é contada acaba por sofrer pequenas alterações. Assim é o mito. Apesar de alguns acharem fantasioso falar de mitos, é de extrema importância conhecê-los. É através do mito que se constrói o rito, e se chega ao ritual. Gostava de conhecer melhor o nosso trabalho? Venha treinar capoeira connosco no Pavilhão Municipal de Albufeira, entre em contacto e siga-nos no Instagram ⠀⠀